por Georg Feuerstein*, Ph.D.
“Eu escrevo para aqueles que sentiram a verdade em flashes intuitivos, bem como para aqueles que têm que ser convencidos por meio de raciocínios intelectuais.” (Notebooks de Paul Brunton 12.5.1)
Uma Reverência a Paul Brunton
Eu sempre serei grato a Paul Brunton, pois foi através do seu primeiro livro que me encontrei pela primeira vez com a espiritualidade do Oriente. Lembro-me claramente como, mais de um quarto de século atrás, seu livro A Índia Secreta me deixou fascinado por semanas e meses. Eu o li repetidas vezes. O mundo que ele retratou, de homens e sábios sagrados, parecia estranhamente familiar para mim. Seu livro lançou as bases para o meu subsequente e duradouro interesse, profissional e pessoal, nas tradições espirituais da Índia.
Paul Brunton nasceu como Raphael Hurst, em Londres, em 1898. Lá, ele seguiu carreira como vendedor de livros, em seguida como jornalista, e mais tarde como um editor de revista – ocupações que alguém normalmente não associaria com sabedoria nem com aventura espiritual. Mas Brunton era uma pessoa bastante singular que, como Alan Watts, Christopher Isherwood e Gerald Heard, estava destinado a se tornar um pioneiro do diálogo entre Oriente-Ocidente.
Em seus trinta anos, e apesar de seu sucesso profissional, Brunton demitiu-se do trabalho e se dirigiu em uma direção totalmente diferente: depois de seu longo interesse apaixonado pela vida espiritual, viajou amplamente pelo Oriente em busca de respostas para o tipo de perguntas que nossa pós-civilização industrial ocupada, tende a ignorar e reprimir.
No entanto, a busca espiritual de Brunton começou muito mais cedo. Com idade de dezesseis anos, ele experimentou uma série de estados de êxtase, como resultado direto de ter meditado regularmente e intensamente durante seis meses. Embora o imediatismo dessas experiências místicas tenha diminuido após várias semanas, o brilho posterior durou três anos, e moldou decisivamente o resto da vida de Brunton.
O contraste entre essas experiências místicas felizes e o materialismo monótono de seu ambiente, lançou Brunton em um estado de total desespero. Ele resolveu cometer suicídio, mas sendo uma pessoa eminentemente racional, escolheu uma data duas semanas a frente, para que pudesse usar esse período de tempo para procurar livros sobre a morte na biblioteca local. Ele se deparou com vários livros espirituais sobre o assunto, que devorou avidamente, e isso o levou a adiar seu suicídio – indefinidamente.
Casou-se relativamente jovem e em 1923, seu único filho Kenneth Thurston Hurst, nasceu. Brunton não se sentia preparado para a paternidade, mas foi dito por um ancião espiritual que o relacionamento com o feto era cármico e necessário. No final, eles tiveram um relacionamento afetuoso ao longo da vida, e Hurst produziu uma excelente biografia de seu pai, Paul Brunton: Uma Visão Pessoal, publicado pela Larson Publications.
Neste livro, Hurst recorda muitas narrativas fascinantes sobre seu pai. Ele menciona, por exemplo, que Brunton descobriu desde cedo que tinha certas habilidades ocultas e até mesmo se deleitava em seu exercício. Em um ponto, no entanto, ele recebeu um aviso interior que se quisesse crescer espiritualmente, teria que desistir de explorar essas faculdades. Ele acatou a advertência e passou a cultivar seriamente a arte da meditação.
Os primeiros esforços espirituais de Brunton foram auxiliados pelo monge budista britânico, Allan Bennett, também conhecido como Bhikkhu Ananda Metteyya, que foi amplamente respeitado na época e quem Brunton considerava ser um bodhisattva. Outro dos primeiros guias de Brunton foi um pintor americano pelo nome de Thurston, em quem ele viu um “místico avançado.” Uma terceira pessoa que foi igualmente influente foi um senhor indiano não identificado, a quem Brunton referia como “o Rajah.” Ele previu que Brunton iria visitar a Índia um dia, o que se tornou realidade em 1931.
Em 1934, Brunton publicou seu primeiro livro, A Índia Secreta, que foi um sucesso espetacular. Esta foi a primeira vez que ele usou seu pseudônimo, que surgiu, em parte por design, e em parte por acidente. Ele tinha escolhido o nome Brunton Paul para si mesmo, mas o tipógrafo acidentalmente mudou para Paul Brunton, e colou. Seus amigos o chamavam de “PB”.
Ao longo dos anos, o incipiente livro de Brunton, que registra suas primeiras aventuras na Índia, ganhou-lhe um quarto de milhão de leitores. Eles eram provenientes do círculo crescente de ocidentais que, em seu desencanto com a instituição cristã, foram voltando-se para o Oriente.
Em particular, o livro de Brunton trouxe fama para um dos melhores representantes da espiritualidade hindu moderna, Ramana Maharshi (1879-1950), que não deve ser confundido com Maharishi Mahesh Yogi, o fundador do movimento de Meditação Transcendental™. A descrição de seu encontro com Sri Ramana no sul da Índia é talvez a parte mais fascinante do livro. Aqui está uma amostra do tratamento ordenadamente jornalístico de Brunton:
“Eu dobro um cobertor fino de algodão no chão e me sento olhando com expectativa para a figura silenciosa, em uma atitude tão rígida sobre o sofá … Se ele está ciente da minha presença, ele não trai indício algum, não dá sinal. Seu corpo é sobrenaturalmente quieto, tão firme quanto uma estátua. Nem uma vez ele alcança meu olhar, pois seus olhos continuam a olhar para o espaço remoto, e infinitamente remoto parece”.
No início, Brunton espera que algo aconteça, e “os minutos rastejam com indizível lentidão.” No final, a tranquilidade total do sábio em si é comunicada a Brunton. Duas horas mais tarde, ele ainda estava em um estado de serenidade profunda e meditação. Alguém cutucou Brunton, lembrando-o de fazer suas perguntas. No entanto, a paz que o havia dominado também havia destruído todas as suas perguntas. Pelo menos elas tinham desaparecido até a sua próxima reunião com Sri Ramana. Brunton tinha muitas conversas animadas com o sábio, em que ele era sempre jogado de volta sobre seu próprio recurso interior.
No último dia de Brunton no ashram, Ramana Maharshi novamente escolheu ficar completamente em silêncio. Ele descansou seu olhar tranquilo sobre o homem do ocidente: foi um profundo olhar de iniciação. Como Brunton descreveu:
“Seus olhos brilham com um brilho surpreendente. Sensações estranhas começam a surgir em mim. Essas esferas brilhantes parecem estar perscrutando os recessos mais íntimos de minha alma… Eu me torno consciente de que ele está definitivamente conectando minha própria mente com a dele, que ele está provocando em meu coração aquele mesmo estado de calma estrelada que ele parece desfrutar perpetuamente.”
O tempo parou. O salão se esvaziou, enquanto um discípulo após o outro calmamente saia. Então, apenas o sábio e Brunton foram deixados para trás.
“Eu estou sozinho com o Maharishi! Isso nunca aconteceu antes. Seus olhos começam a mudar; eles se estreitam para pontinhos. Curiosamente, o efeito é como a “parada” no foco de uma lente de câmera. Ha um tremendo aumento no brilho intenso entre as pálpebras, agora quase fechadas. De repente, meu corpo parece desaparecer e estamos ambos no espaço!”
Havia muita coisa que Brunton não relatava em seus livros, entretanto, mais tarde confidenciou ou insinuou aos amigos de confiança. Por exemplo, Brunton confessou a um de seus alunos que, quando ele chegou ao eremitério de Ramana, o sábio e ele fizeram uma longa caminhada. Ramana disse que ele, Brunton, tinha sido agraciado com o mais elevado estado quando ainda jovem, mas o perdeu quando o ego-personalidade se reafirmou. Agora ele teve que trabalhar para recapturar essa condição que ele uma vez desfrutou espontaneamente.
Como Brunton explicou mais tarde ao escrever seus primeiros livros, ele deliberadamente assumiu uma pessona fictícia para tornar seus trabalhos mais acessíveis e legíveis. Sua própria compreensão espiritual, no entanto, estava muito à frente de seus escritos. Quando chegou na Índia, ele não veio de mãos vazias, nem precisava aprender o ABC espiritual.
Devemos lembrar aqui que Brunton foi um dos primeiros europeus a abandonar a ilusão inata de superioridade e viajar no Oriente como peregrino, em vez de turista ou conquistador. Ele enfrentou muito preconceito de mente estreita, e isso fez alguns dos seus escritos mais polemicos do que estamos acostumados hoje em tais assuntos.
Parte da maturidade espiritual disfarçada de Brunton está evidente em seu livro O Egito Secreto, que teve um sucesso meteórico quando publicado em 1936. Ele não conheceu sábio algum no Egito da estatura de Ramana Maharshi e do Shankaracharya de Kanchi, a quem ele reverenciava. No entanto, ele encontrou a antiga tradição esotérica daquele país. Sua aventura espiritual na pirâmide de Quéops não teria sido possível para um praticante imaturo, que teria morrido de medo. Brunton foi o único europeu que teve permissão para passar uma noite inteira sozinho na grande pirâmide.
Sentado na escuridão total, ouvindo apenas sua própria respiração, Brunton entrou em um estado de interioridade meditativo. Mas a câmara não cederia seus segredos antigos prontamente. Ele foi assaltado por aparências monstruosas que o encheram de medo e repulsa.
“Em poucos minutos eu vivi algo que deixará uma lembrança registrada por todos os tempos. Essa cena incrível permanecerá vividamente fotografada em minha memória. Nunca mais eu repetirei tal experiência…”
De repente o ataque parou, e uma nova presença benigna se deu a conhecer. Brunton viu duas figuras altas de vestes brancas se aproximarem. Entao, um desses homens esplêndidos, usando a inconfundível vestimenta de um Sumo Sacerdote, falou com ele. Isto foi seguido por uma impressionante experiência extracorpórea na qual uma parte da sabedoria oculta dos antigos egípcios foi revelada a Brunton. Foi-lhe dito que o mistério da Grande Pirâmide é o mistério de si mesmo, que todas as câmaras secretas e registros ocultos encontram-se dentro de si mesmo.
Muitos leitores questionaram a veracidade do relato de Brunton sobre o que aconteceu na escuridão da Câmara do Rei naquela noite. No entanto, certos aspectos do conhecimento transmitido a ele pelo adepto Ra-Mak-Hotep foram posteriormente confirmados. Isso inclui a importante descoberta posterior de que a Esfinge é, de fato, um monumento ao Deus-Sol Ra, como o guia espiritual havia mencionado.
Para Brunton, o principal objetivo do livro era introduzir seus leitores ocidentais à antiga noção – em grande parte esquecida – de que o reino espiritual interpenetra nosso plano físico e que seres espirituais são, de fato, tão reais quanto nós mesmos. O fato de que ele escolheu um estilo de narrativa emocionante para transmitir esta mensagem, conta apenas em seu favor.
Brunton trabalhou incessantemente no seu crescimento interior. Ele nunca ficou parado, e foi difícil para muitos de seus leitores acompanhar o rápido desdobramento da sua sabedoria filosófica. Em seu diário encontramos a seguinte inscrição: “O homem que escreveu aquele ciclo de dez livros está morto.”
Enquanto Brunton continuava suas investigações sobrer a vida espiritual, ele começou a ver as limitações das tradicionais doutrinas e enfoques hindus. Ele percebeu que o misticismo convencional não era a resposta final. Ele expressou essa nova compreensão em um livro intitulado O Ensinamento Oculto Além da Yoga, publicado em 1941.
Aqueles que tinham devorado O Caminho Secreto, um volume pouco inspirado, ficaram chocados. De repente, eles lêem que o misticismo não era a resposta, afinal. Eles aprenderam que o caminho espiritual era mais árduo do que aquele livro lírico tinha representado.
Em O Ensinamento Oculto Além da Yoga, Brunton apresentou uma forte crítica ao misticismo convencional, que buscava abandonar o mundo em favor da mera solidão e silêncio. Ele explicou:
“Meditação sobre si mesmo era uma busca necessária e admirável, mas não constituía toda a atividade que a vida estava constantemente pedindo ao homem. Era bom, mas provava não ser suficiente. O passar do tempo tinha me mostrado as limitações dos místicos, e com mais tempo mostrou-me que as limitações eram responsáveis pela unilateralidade de suas perspectivas e a incompletude de suas experiências.”
Sua crítica a Yoga comum e ao transe místico deixou perplexos muitos leitores de suas obras anteriores, e indignou muitos indianos. Eles não podiam compreender a busca de Brunton para uma abordagem e cultura mais integrais.
Em particular, Brunton havia manifestado algumas críticas sobre o ensino de Ramana Maharshi, que as pessoas prontamente entenderam como uma crítica ao próprio sábio. Brunton ficou muito magoado com este mal-entendido que suas obras tinham provocado. Sua relação com Sri Ramana foi sempre de mais pura admiração, gratidão e afinidade espiritual.
Em seu segundo livro, intitulado O Caminho Secreto, ele tinha chamado Sri Ramana de “o homem mais compreensivo que eu já conheci”, que “possuía uma personalidade divina que desafia a descrição.” O livro foi inspirado por uma visão de Ramana Maharshi que ele teve na Inglaterra. Hoje nós talvez diríamos que foi sabedoria canalizada. Brunton sempre manteve esta descrição do sábio que ele chamava de seu “Amado Mestre” por toda sua vida.
Mas, uma vez em que um estado de espírito público foi provocado, neste caso principalmente pelos revisores desinformados do livro – é difícil mudar, por mais equivocado que seja. Lembro-me de uma conversa com um editor das publicações britânicas de Brunton em Londres, que expressou sua consternação pelas obras filosóficas posteriores de Brunton, acrescentando com pesar que ele deveria ter continuado a escrever histórias de aventura. Claro, o editor havia falhado completamente em entender o propósito de Brunton que não era tanto entreter, mas educar e alcançar o coração das pessoas.
Após a publicação de O Ensinamento Oculto Além da Yoga, Brunton não era mais bem-vindo à ermida de Ramana devido às maquinações de alguns discípulos. Durante suas últimas peregrinações pela Índia ele costumava viajar a poucos quilometros do ashram, mas era incapaz de visitar o mestre. “Um caroço entrava em minha garganta e uma sensação de sufocamento me dominava, e eu pensava o quão próximo estávamos em espírito, e ainda assim tão duramente separados pela má vontade de certos homens e pelas sombras escuras de meu próprio karma.” Ele acrescentou: “que eu fui tratado injustamente por um ashram em particular e por muitos indianos em geral, é um evento vergonhoso, mas, no entanto, foi um fato que ajudou na minha própria emancipação.”
O relacionamento de Brunton com Ramana Maharshi sobreviveu a todas essas dificuldades externas. Na verdade, ele teve inúmeras visões do sábio, a última ocorrendo por volta dos últimos quinze meses após a morte física de Sri Ramana em 1950. Nesta visão, o sábio anunciou que eles teriam que se separar. Brunton não teve mais visões dele, mas a partir de então começou a descobri-lo cada vez mais como essência espiritual pura. Ele conjecturou que Sri Ramana teria sido perfeitamente capaz de continuar a manifestar-se para ele, como ele continua a se manifestar aos discípulos até este dia, mas que ele, Brunton, teve que dar o próximo passo no caminho espiritual.
Que Brunton tenha dado mais que o passo seguinte no caminho, isso é confirmado em parte pelo fato de que mais próximo ao final de sua vida ele foi capaz de aplacar harmoniosamente o prolongado conflito do ashram de Ramana. De fato, ele foi convidado a passar os seus últimos anos no ashram que, no entanto, não foi possível a ele por razões práticas.
Com o enorme sucesso de seus livros, que já venderam mais de dois milhões de cópias em dezessete línguas, Brunton encontrou-se no centro das atenções da arena espiritual ocidental. Ele era uma pessoa intensamente privada e não tinha vontade de funcionar como um guru; preferiu , contudo, apontar para os sábios do Oriente e a estimular a investigação filosófica. Ao invés de impor doutrinas sobre os outros, ele se mudou, ficando em reclusão na Suíça. Sua retirada do olhar público foi tão eficiente que dois grandes jornais publicaram obituários sobre ele.
Brunton mantinha cadernos diários, nos quais registrava assuntos espirituais extraídos de sua própria busca. “Eu me divertia rabiscando livros místicos para aborrecer as pessoas materialistas, jogando com pensamentos esquisitos, os quais foram lançados ao ar e capturados na ponta da minha caneta”, escreveu ele, com humorosa modéstia na dissertação de abertura de um volume contendo suas recordações autobiográficas.
Na época da sua morte, em 27 de julho de 1981, havia acumulado cerca de 17.000 páginas de anotações, todas cuidadosamente organizadas em vinte e oito categorias. Os cadernos foram destinados a publicação póstuma. Este rico acervo de experiência pessoal, sabedoria e pensamentos de Brunton, agora foi disponibilizada em uma fina edição de dezesseis volumes, publicada pela Larson Publications, que deve ser parabenizada por executar este nobre empreendimento com tanta habilidade.
A filosofia de Brunton, que ele se recusa a rotular, está em consonância com a philosophia perennis. Para ele, a filosofia não era uma questão de raciocínio por si só, mas de sabedoria, pela qual a verdade pode ser abordada diretamente. Ele entendeu a filosofia como uma orientação prática para a vida, a síntese da veneração religiosa, meditação mística, reflexão racional, re-educação moral, e serviço altruísta. O verdadeiro filósofo é, portanto, um praticante espiritual de grande maturidade. Como Brunton colocava:
“Somente quando o Eu Superior tenha iluminado cada lado do seu ser pessoal é que se pode dizer que ele teve uma iluminação completa. Só então ele alcançou a sabedoria da filosofia.”
O Eu Superior é o termo de Brunton para a essência imortal mais íntima do ser humano, o ponto onde tocamos o Divino, ou o que ele chamou de a “Mente-Mundo.” Esta Consciência “semelhante a Deus”, escondida no coração de cada ser, é uma Presença ou Intensidade universal. Perceber o Eu Superior como um fundo constante da existência diária é a tarefa que se encontra diante cada pessoa.
Em primeiro lugar, Brunton era um sábio, que usou suas habilidades de escrita para trazer clareza e profundidade filosófica às suas explorações interiores, para descobrir o que ele chamava de sua própria “salvação intelectual.”
Em segundo lugar, ele foi um escritor que compreendeu sua vocação de serviço à humanidade. Em suas próprias palavras: “O melhor de ser um escritor é a oportunidade de mostrar ao homem seu verdadeiro valor, elevar sua própria ideia de si mesmo, convencê-lo de que os objetivos triviais não são suficientes.”
Os dezesseis volumes dos Cadernos de Brunton nos dão uma visão rara de um homem incomum, que, sem perder sua perspectiva do século XX, destemidamente e com honestidade sincera e emocionante, explorou as ofertas do Oriente. Embora Brunton não tenha reivindicado crédito, ele certamente era uma das melhores flores místicas/filosóficas crescidas no deserto da nossa civilização secular.
O que ele tem a dizer é importante para todos nós. Não precisamos manter uma fotografia dele em nossa mesa, como fizeram os rajas de Mysore e Kasmanda, mas certamente fariamos bem mergulhar em seu legado escrito. Afinal de contas, ele pediu para ser “lido em vez de reverenciado.”
NOTAS
- B. Brunton, A India Secreta (York Beach, ME: Weiser, 1985), p. 140.
2. Ibid., p. 140.
3. Ibid., p. 162.
4. Ibid., p. 163.
5. P. Brunton, O Egito Secreto (York Beach, ME: Weiser, 1984), pp. 69-70.
6. Os Notebooks de Paul Brunton, vol. 8: Reflexões sobre Minha Vida e Escritos (Burdett, NY: Larson Publications, 1987), p. 151.
7. P. Brunton, O Ensinamento Oculto Além da Yoga (York Beach, ME: Weiser, 1984), p. 17.
8. P. Brunton, O Caminho Secreto (York Beach, ME: Weiser, 1985), p. 12.
9. Os Notebooks de Paul Brunton Categoria 12.6.210
10. Os Notebooks de Paul Brunton Categoria 12.6.212
11. Os Notebooks de Paul Brunton Categoria 20.5.15
12. Os Notebooks de Paul Brunton Categoria 12.2.74
A série Os Notebooks de Paul Brunton, assim como os outros livros mencionados neste artigo, podem ser encomendados diretamente pela Larson Publications, 4936, Route 414, Burdett, NY 14818.
© Copyright 1997 por Georg Feuerstein. Todos os direitos reservados.
*Georg Feuerstein, PhD., É fundador e diretor do Yoga Research Center e autor de vários livros, incluindo Guia de Shambhala para Yoga, Enciclopedia Shambhala da Yoga (ambos publicados pela Shambhala Publications), e Vigília Lúcida (Traditições Internas).