“Todos os humanos passam pelos portais da morte, mas quais deles o fazem com conhecimento, conscientemente e com calma?”
Pensamos que o nascimento é o começo, e a morte o fim de tudo para nós. Os teólogos e os metafísicos têm discutido e debatido sobre isso desde os tempos mais remotos de que o homem pode recordar-se; portanto, quem somos nós para lhes dizer “certo’ ou “errado”“? Mas quando o barulho e o alarido de suas vozes destoantes se enfraquecerem a distancia, quando as horas mais silenciosas do anoitecer nos envolvem gradualmente nas obras de seu manto, é então que uma impressão estranha e sublime se apossa de nós, desde que o permitamos, e diz: “meu filho, o que pensam e o que dizem realmente não importa”. Estou ao seu lado e jamais lhe faltarei. Sorria para a Morte, se quiser, ou tema-a – mas estou sempre com você.
Se você quer saber aonde ira depois da morte, eu lhe direi, pois já estive lá. Você não vai à parte alguma, a lugar algum. À medida que a consciência desta terra e o corpo terreno se desfazem, logo após a morte, você simplesmente entra no estado de consciência ao qual seu caráter faz jus.
Quando o fim da vida chega, e a pessoa vai saindo dela como uma vela ao vento, o que então acontece depende de seu caráter, de sua consciência habitual, sua preparação, e seus últimos pensamentos.
Diz-se que a morte nivela tudo. Isso e verdade só no que se refere ao lado visível dela, pois, no outro lado, cada um vai para o seu próprio estado de consciência – aquele para o qual se preparou. Desatado do corpo, ele entra par a atmosfera a qual pertence.
O individuo deve desenvolver a sabedoria e o autocontrole nesta vida, pois, se não o fizer, poderá sofrer apos a morte. Poderá estar cheio de apetites animalescos, sem ter um corpo para satisfazê-los. A sabedoria e a disciplina irão capacitá-lo a adaptar-se com relativa facilidade.
A morte e a entrada num novo modo de ser, uma forma renovada de vida, outro período no qual a antiga experiência e assimilada e a próxima fase (reencarnação) preparada.
A primeira experiência da morte não e a ultima, pois e seguida de uma segunda morte, apos o devido intervalo de experiência adequada numa outra condição de ser.
Nem sempre precisamos deplorar o fato de que temos de morrer. Como observou Goethe, “A Natureza esta fadada a dar-me outra forma de existência quando a atual não puder sustentar mais o meu espirito.” O que devemos deplorar e morrer sem ter conhecido esses melhores momentos de viver, esses vislumbres do Eu Superior.
Para os que fizeram suficiente progresso na Busca, a morte não e uma experiência aterrorizante.
E um ensinamento conhecido, tanto na Índia como na China, que, concentrando seus pensamentos, nos momentos que antecedem a morte, no nome do seu líder espiritual, com fé total, ardor indiviso e atenção profunda e sincera, o homem se livra de alguns ou de todos os tormentos purificadores que se seguem a morte, e a que ele, em caso contrario, teria de se submeter. Está escrito também que, se prefere concentrar-se no tipo de ambiente no qual seu próximo nascimento deve ocorrer, ele contribui para sua possível realização.
O homem que viveu egoisticamente e sem preocupação pelos direitos dos outros sofrera estranhas visões no estado de apos-morte. Aqueles a quem prejudicou seriamente aparecerão diante dele repetidas vezes, reprovando-o em alguns casos ou denunciando-o em outros. Isso continuará a tornar-se uma espécie de tormento mal assombrado, inicialmente fatigando-o e mais tarde exaurindo-o a tal ponto que cairá num estado dominado pelo medo, sentindo-se desgraçado e doentio. No ponto mais profundo da sua miséria, outro ser desencarnado será enviado para ajuda-lo, para leva-lo a reconhecer sua pecaminosidade e persuadi-lo a arrepender-se. Essa entidade pode ser um parente que o ama, um místico avançado que tenha deixado o corpo temporariamente durante o sono, ou o seu anjo da guarda. Quando essa mudança de coração e efetuada, quando o homem se confessa, se arrepende e decide corrigir seu caráter, a perseguição cessara.
Viajamos de um corpo para outro, com períodos de descanso adequados e necessários entre ele. De cada um colhemos experiências; em cada um aprendemos e desaprendemos, pecamos e sofremos, agimos corretamente e nos beneficiamos. No final, entre progressos e recaídas, ha a plenitude e satisfação da idade amadurecida, purificada, deixando para trás a animalidade.
Nossa habitual tendência de pensamento na terra será necessariamente a habitual tendência de pensamento com a qual iniciaremos a vida do espirito, embora não seja a mesma com a qual a terminaremos.
Os desejos, hábitos e maneira de pensar do ego instalaram-se através de muitas vidas terrenas.
Quando o homem olha para trás, para a longa serie de vidas terrenas que pertencem ao seu passado, ele se impressiona novamente com a suprema sabedoria da Natureza e com a suprema necessidade desse principio de encarnações sucessivas. Se tivesse havido apenas uma única vida terrena continua, seu progresso teria tido um fim, ele teria atravancado o seu caminho com o seu próprio passado e não poderia ter avançado em novas direções. Esse passado o teria cercado como se fosse uma parede circular. Quão acertada e a sabedoria e quão infinita e a misericórdia que, fazendo intervalos nesse circulo de necessidade, lhe dão a oportunidade, repetidas vezes, de um novo inicio; deixam-no livre para fazer novos começos! Sem essas interrupções nas suas sequencias de vida, sem as vantagens de ambientes renovados, de circunstancias diferentes e de novos contatos, ele não poderia ter-se erguido a níveis sempre mais elevados, mas teria apenas se estagnado ou caído em níveis inferiores.
E nos dada uma vida, um dia, um momento presente, um nível espaciotemporal consciente nos quais temos de nos concentrar de tal modo que não haja interferências nas atividades da Natureza em nos. No entanto, outras vidas, outros dias, outros momentos, outros noiveis de consciência já existem, na mesma intensidade, neste exato instante, ainda que não os apreendamos, e aguardam nosso encontro e experiência através de uma necessidade predestinada.
Qual o homem que realmente domina o próprio destino? O grande homem pode conseguir modifica-lo, mas os fatores psicológicos e físicos com os quais o homem comum começa sua trajetória de vida já estão em seus genes, e qualificam tanto o seu caráter como a sua sina. Ele esta a mercê dos acontecimentos ate que aprenda o segredo de modifica-los e de influencia-los.
O que fomos no passado não é importante. O que somos agora e importante. O que pretendemos fazer de nos mesmos no futuro e de importância vital.
Venha ele a nascer em pobreza extrema ou em grandeza palaciana, chegará outra vez ao seu próprio nível ESPIRITUAL, no final. O meio em que vive e reconhecidamente poderoso para ajudar ou dificultar, mas os antecedentes do Espirito são ainda mais poderosos e, finalmente, NAO DEPENDEM DISSO.
A melhor maneira de ajudar uma pessoa que esta morrendo depende de vários fatores: cada situação e diferente e individual. Em geral e sugerido que a primeira coisa e não entrar em pânico, mas ficar calmo. A seguinte e olhar para dentro de nos, para nosso ponto de referencia mais alto. A terceira e então entregar a pessoa para seu Poder mais Alto. Finalmente, você poderia dizer uma prece, cantar um mantra em beneficio dela – dizer alguma coisa que possa indicar que o que esta acontecendo e mais como um voltar para casa do que deixar a casa.